No século XV foi criada, no litoral atlântico da África, a primeira fortaleza portuguesa: a feitoria de Arguim, ao sul de Cabo Branco, limite meridional da costa ocidental africana islamizada. Arguim serviu de modelo para criação de outras feitorias, como a de São Jorge da Mina, construída pelos portugueses entre 1481 e 1482.
Ao longo do tempo foram construídas mais feitorias ao longo da costa: em Samá, em Axim, em Ajudá, em Aladá, entre outras menores. Algumas delas trocaram de donos, como a de Arguim (em 1638), a de São Jorge da Mina (em 1637), e a de Axim (em 1642), todas tomadas dos portugueses pelos holandeses; independente do tamanho todas tinham as mesmas funções: realizar o comércio com os chefes locais, concentrar as mercadorias e diminuir o tempo de estadia dos navios.
Tanto europeus quanto africanos construíram casa e criaram mercados ao redor das feitorias, dinamizando muito o comércio. Os reis e chefes locais se beneficiavam de tributos e taxas pagos pelas mercadorias negociadas. Muitos reinos e cidades tornaram-se fortes e poderosos; e, devido a sua posição de destaque no comércio atlântico, alguns foram invadidos e dominados. As guerras constantes faziam oscilar o poder, um povo vendedor de escravos podia tornar-se escravizado e vice-versa. Pelo sistema de feitorias, foi embarcada a esmagadora maioria dos escravos destinados às Américas.


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